quarta-feira, 29 de abril de 2009

Saudade;




Encontrarás talvez, quando tentardes recordar de mim, o nada.
Sentirás somente a estranheza da evasão.
Irão primeiro,
as expressões,
as manias,
as cismas.
Depois esquecerás,
o som das gargalhadas,
o cheiro suspenso no ar,
os gestos previsíveis,
O tempo virá - acredite! - e levará consigo, lentamente,
os traços fortes do rosto,
a eloqüência da voz,
datas, aniversários, a certeza do nome
e a ternura dos meus olhos apaixonados pelos teus.

De nada poderás recordar, é verdade, pois há de ser assim.
No entanto, receberás por todos os dias a visita mais doída:
Terás tão somente saudade.
E gritarás por dentro, sem som algum.

Bizza.

Um comentário:

Roberta Alves de Souza disse...

Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho